quarta-feira, 17 de março de 2010

Quem é, de onde vem, para onde vai?

Quem já geriu projectos em diferentes organizações sentiu “na pele”, quase de certeza absoluta, o que teorizam os livros: o Gestor de Projectos (GP) exerce a sua função de forma completamente diferente dependendo da organização onde está inserido.

Esta diversidade na forma como se é GP levanta, para mim, uma questão básica:

Quando é que um profissional que gere um projecto não é GP? Ou, o que tem de garantir um profissional que gere um projecto para lhe podermos chamar GP?

Na minha opinião, um GP na sua forma minimalista é:

Um profissional que consegue apresentar factualmente a situação do projecto e consegue prospectivar a situação dos trabalhos do projecto até à conclusão deste.

Concordam? Ou, saber apenas onde está e para onde vai o projecto é demasiadamente redutor para a função de GP?

2 comentários:

Bruno Fernandes disse...

Quanto a mim saber a situação actual do projecto e os trabalhos futuros até à sua conclusão é técnica de gestão de projecto, técnica que pode ser ensinada e aplicada, todos os dias da mesma maneira. A parte mais difícil que tenho comentado neste blog, onde o Hugo inclusive escreveu um artigo sobre o tema, é saber lidar com as pessoas, porque em última instância as pessoas é que fazem andar ou bloquear o projecto. A estratégia para lidar com uma pessoa não resulta com outra e é esta sensibilidade que mais influência o sucesso (ou falta dele) de um gestor de projecto.

Miguel Gonçalves disse...

Bruno,
concordo com a tua opinião de que lidar com as pessoas é a tarefa que exige mais do GP.
No entanto, lidar com as pessoas não é um objectivo, é um meio. Mais, não é uma característica única dos GPs; todo o profissional, com maior ou menor grau, tem de saber lidar com pessoas.
A minha questão continua a ser o definir o conjunto mínimo de "deliverables" que um profissional tem de disponibilizar para que lhe possamos chamar GP.

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