quarta-feira, 30 de junho de 2010

Equilíbrio entre formalismo e liberdade

Ainda sobre a rigidez dos processos de negócio, as empresas de sucesso vivem num equilíbrio entre formalismo e liberdade. Vamos supor que uma empresa X de retalho, compra um produto A que todas as cadeias de retalho comercializam. A central de compras compra este produto por 2 €, e é responsável por determinar o seu preço final em todas as lojas, neste caso 3€. As lojas da empresa de retalho não têm o controlo sobre o preço do produto. Temos neste caso um processo de definição de preço que está centralizado na empresa. O que pode acontecer?
As lojas, a periferia da empresa, quem está no terreno e melhor conhece o mercado local perdem flexibilidade. O que pode fazer o gerente da loja se o concorrente ao lado vender o produto A a 2,5€?
Apenas solicitar à Central de Compras que altere o preço, entrado numa cadeia de decisão que se não for rápida levará a empresa a perder tempo para o mercado.
Não estou contra decisões descentralizadas, estou a favor de decisões no local onde mais informação existe e com a rapidez que se entende necessária.
Neste caso, poderíamos ter uma central de compra preocupada apenas em que uma venda tenha de gerar um lucro e a impor um preço mínimo ao produto, mas deveria ser a loja (no terreno) a estabelecer um preço final, deslocando assim a decisão para a periferia.

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